terça-feira, 25 de agosto de 2009

Recolhendo

O toque de recolher, á noite para adolescentes, tem sido uma grande ajuda no combate a violência e ás infrações juvenis no país. Há poucos meses a justiça determinou a implantação desse novo sistema em três cidades do interior paulista.Desde o surgimento, á medida vem dividindo opiniões, já que a lei estabelece que sem companhia dos pais crianças de até 13 anos só poderão ficar nas ruas em locais públicos até as 20;30.Os jovens entre 14 e 15 anos terão que se recolher até as 22 horas e os que tiverem entre 16 e 17 terão que voltar para casa até as 23 horas. Além disso, os menores de 16 anos estão proibidos de freqüentar lan houses.

Fonte: g1.globo


O numero de ocorrência envolvendo jovens tem diminuído em algumas cidades, embora é importante destacar que essa medida não irá resolver todos os problemas que envolvem a juventude. Uma determinação que previne conflitos nas ruas, mais não apresenta acompanhamento ou recuperação dos jovens e crianças.A polícia não tem condições de ser "babá" de uma cidade grande, Rio De Janeiro por exemplo.Considerando suas funções, ao combate da violência, droga no qual é ressaltados na mídia.São necessárias alternativas mais eficientes e que possam ser trabalhadas na mairia dos lugares. Projetos com de acolhimento, atendimento e proteção integral ao desenvolvimento da educação para os Jovens. Parceria do governo com empresas privadas para apoio na cultura; Teatro, Música, Esportes, Jogos. Interatividade para que o jovem ao sair na rua consiga ser um bom cidadão, mais consciente dos seus atos.Listados na constituição e no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente no que se refere á liberdade, os direitos estão sendo violados pela recolhida. Por meio dessa medida, fica claro que os país não estão conseguindo se responsabilizar pelos seus filhos, orientar e educar no qual seriam sua obrigação.Cabe à família o dever de dialogar sobre a vida, explicando sobre as leis, a conduta de convivência social, além de oferecer condições básicas de alimentação, Higiene, Saúde e etc.
Quantas vezes ouvimos falar de crianças que matam pais e vice versa!
Os país nem sempre conseguem orientar seus filhos, e tem receios de procurar ajuda de médicos ou Psicólogos.Porém isso pode agravar a convivência familiar no qual é estremem anete importante para o seu meio social.As autoridades deviam se preocupar em dar cusos para família; em como ser pai e mãe. Infelizmente não são todos que estão preparados para educar.O toque de recolher é uma forma de "maquiar o problema" e não um método para que isso acabe.Não existe proteção se nenhuma das partes assumirem um compromisso sério de investir na educação.

Autoria: Luciene Mione

Veja os videos:




segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O mundo pós crise




NOVA YORK - A pior crise econômico-financeira global desde 1929 vai aos poucos soltando as garras e diminuindo a pressão sobre vários países.
Entre os emergentes, a maioria voltou à rota do crescimento. Nos avançados, duas das maiores economias da Europa (França e Alemanha) saíram da recessão no segundo trimestre de 2009. O Japão, idem. Os EUA, epicentro do problema, também já devem estar girando no azul neste exato momento.O pior fica para trás!!
Em comum, os países mais ricos têm agora um duplo desafio: diminuir o enorme e perigoso rombo aberto em suas contas públicas para conter a crise e baixar o elevado desemprego.Embora os mercados financeiros e as Bolsas apresentem cada vez mais sinais de estabilização e valorização, isso se dá por uma combinação perversa: as empresas cortaram custos e empregos para aumentar lucros e o retorno aos acionistas.Milhões podem continuar desempregados ou perdendo suas casas. E, mesmo assim, o mercado e a economia podem manter uma trajetória ascendente, embora longe de todo o seu potencial.Esse é o grande risco daqui em diante. Pois o mundo não sai apenas diferente da crise. Ele terá, em conjunto, de fazer um ajuste gigantesco e mudar a lógica vigente.Em resumo, não se pode mais contar com os EUA como "aspiradores" da produção de grandes economias exportadoras como China, Alemanha e Japão.Em vez de consumir financiados com crédito alheio, os EUA certamente também querem agora exportar e poupar mais. E consumir menos. Já fazem isso.Ou seja: os EUA pretendem se comportar mais como China do que como EUA daqui em diante.Se os EUA não vão mais manter importações e déficits comerciais gigantescos como vinham fazendo, países como China, Alemanha e Japão também não terão como manter exportações e superávits elevados vendendo seus produtos aos norte-americanos.Serão obrigados a depender mais de seus próprios mercados. Ou a financiar países compradores em outros lugares. O que é um risco.O exemplo chinês: depois de o consumo norte-americano desabar entre outubro e junho, a China pisou fundo na concessão interna de crédito. Só as vendas de automóveis saltaram 63,5% em julho sobre igual mês de 2008.Nos primeiros seis meses do ano, os bancos chineses emprestaram a cifra recorde de US$ 1,1 trilhão. Agora, teme-se que os gastos tenham vindo rápido demais. E que os tomadores desse dinheiro (assim como os que compraram automóveis) não tenham como pagar mais adiante.Nas últimas semanas, a Bolsa de Xangai perdeu mais de um terço da valorização acumulada no ano por conta desse temor. Seria agora a "bolha" chinesa?Outro exemplo, mais complexo: com a exceção dos anos em que lutou na Segunda Guerra, os EUA caminham para o maior déficit público da história. O equivalente a 13% de seu PIB, ou cerca de US$ 1,8 trilhão.O país costumava financiar seus rombos com dinheiro alheio, principalmente da China. Mas, temendo um descontrole das contas públicas norte-americanas, o governo chinês se desfez em junho de US$ 25 bilhões em títulos do governo dos EUA. Foi a maior desova em um mês.Até 2006, China e Hong Kong costumavam comprar a metade dos títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA para financiar seu déficit. Isso caiu a 22% no ano passado e a menos de 10% nos primeiros seis meses deste ano.As consequências desse tipo de movimento e da transformação pela qual os EUA terão de passar a fim de reduzir o endividamento recorde de suas famílias, empresas e Estado são ainda difíceis de avaliar.
Acima de tudo, a grande incógnita: conseguirá o governo Barack Obama apertar a regulamentação sobre a indústria financeira norte-americana? Que cria instrumentos "exóticos" lucrativos e perigosos enquanto financia campanhas de centenas de congressistas?

Navegando "de bolha em bolha", o mundo desta vez parece ter escapado do pior.

Fonte:
Fernando Canzian, da Folha

A Era do Robô


Se você não lê ficção científica, pergunte a seu filho como será o mundo no final do próximo século.Ele dirá que os robôs farão praticamente tudo. Haverá robô para limpar a casa e robô para buscar comida no supermercado. Já há robô, que chamamos de e-mail, para entregar cartas em todas as partes do mundo. Daqui a 100 anos, as máquinas farão tudo para nós e ninguém terá de trabalhar. Estaremos todos em férias. Há quem diga que será um horror. Já imaginou todo mundo sem nada para fazer? A maioria das pessoas já ouviu dizer que, após seis meses, todo aposentado sobe pelas paredes e implora para voltar a trabalhar. É uma grande mentira. Para quem se prepara corretamente, a aposentadoria é uma delícia. Não ter de trabalhar dia nenhum, no futuro, também será. Dura será a vida desses trabalho maníacos unidimensionais, que só pensam no batente como forma de se colocar à prova.
Com os robôs suprindo nossas necessidades, poderemos nos devotar a atividades muito mais interessantes do que o trabalho. São 72 000 livros publicados a cada ano para ser lidos. Mais de 1 milhão de sites interessantes para pesquisar, 8 000 cursos diferentes em que ingressar. Isso sem falar do edificante trabalho comunitário e voluntário que pode ocupar as 24 horas do dia. O grande problema da humanidade não será a vida sem trabalho. Será a transição da era atual para a era do robô.
Quando todo mundo trabalha não há problema. Quando todo mundo viver em férias também não haverá. A questão do mundo atual, e poucos políticos percebem isso, é que essa transição já está em curso. Os economistas sempre acalmaram os trabalhadores com o argumento de que as novas tecnologias que eliminavam alguns empregos ocupariam muito mais pessoas nas indústrias encarregadas de produzir essas tecnologias. Isso de fato aconteceu no passado. De agora em diante, robô fabricará robô. Ou seja, desempregados daqui para frente serão desempregados para sempre. Hoje, 8% do trabalho no mundo já é feito por robôs. Isso vai aumentar rapidamente. Daqui a pouco serão 25%, 30%, 50%. Em algum momento do futuro, metade da população terá trabalho. A outra metade, não. Se essa transição ocorresse em poucos dias, tudo bem. Acontece que ela deve demorar décadas.O correto, na verdade, seria os países que produzem esses robôs trabalharem cada vez menos. Nós, enquanto isso, continuaríamos condenados a dar duro oito horas por dia até chegamos ao mesmo padrão de vida deles. Dessa maneira, o equilíbrio se manteria. Não é o que está acontecendo. Os americanos, ano após ano, trabalham seis horas a mais em relação ao ano anterior. Deveriam trabalhar cada vez menos. Como não fazem isso, os robôs e as tecnologias, em vez de reduzir o trabalho americano, acabam desempregando brasileiros.Alguém pode dizer que a solução para o problema seria proibir os produtos feitos por robôs de entrar no Brasil. (Se artigos produzidos por mão-de-obra infantil no fundo desempregam adultos americanos e, por essa razão, não podem ser exportados, por que não tomamos uma atitude semelhante contra os produtos que tiram a ocupação dos adultos brasileiros?)
A solução, porém, não é essa. O problema do mundo não é econômico, é de estilo de vida. Precisamos encontrar um jeito de convencer os povos dos países desenvolvidos a relaxar, a curtir a vida. Poderíamos, por exemplo, mandar fazer uns adesivos para os carros deles com frases como "Take it easy", "Curta a vida", "Carpe diem", enfim "Relax". Povos como os americanos e os japoneses precisam aprender a trabalhar menos, a cuidar mais de suas famílias e a tirar mais férias, de preferência em praias brasileiras. Tem gente que acha o máximo tudo o que vem dos Estados Unidos, especialmente na área de administração e de negócios. Eu acho o máximo que o brasileiro ponha a família em primeiro lugar. Que o Brasil tire férias em dezembro e só retome o ritmo depois do Carnaval. Que o país inteiro pare durante a Copa do Mundo. Que toda criança brasileira saiba dançar e batucar. Estamos mil vezes mais bem preparados para a era do robô do que os anglo-saxões e os orientais.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard.

sábado, 22 de agosto de 2009

O Pardal e a águia


O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia.

Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração.

Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer.

Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.

Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza...

Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão.

Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido.

Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente.

Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro.

Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o.

Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta.

A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:

Por que estás a me vigiar, Andala?

Quero ser uma águia como tu, Yan.

Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.

E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?

Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho... - O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:
Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar.

És tão única, tão bela.

Passo o dia a observar-te. E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.

Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...

Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia.

Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos.

Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu.

Acredita! - E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:

Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias.

O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos.

Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho.

Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido.

É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu
coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre!

Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade.

Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles.

Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!

Autor Desconhecido.